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Eu Sou Daqueles que Fica Calado em Conflito e Isso me Trouxe Consequências Desagradáveis.
Tava eu paradinho na minha cama, olhando pro teto e pensando na vida. De repente, uma sensação estranha tomou conta de mim, algo que eu carregava no peito feito concreto molhado – pesado, sufocante. Foi num piscar de olhos que caiu a ficha: passei anos engolindo palavras não ditas, me escondendo atrás do silêncio sempre que o bicho pegava.
Sabe aquele momento que você se dá conta de algo que estava bem na sua cara o tempo todo? Pois é. Me vi diante do espelho da minha própria alma e não gostei nem um pouco do que estava vendo.
O que realmente significa ficar calado durante conflitos?
Me deu um estalo na hora. O silêncio que eu achava que era maduro, na real, era só medo disfarçado de sabedoria. Putz grila, quantas vezes eu me convenci que tava "sendo maior" quando simplesmente tava fugindo da parada?
A psicologia tem um nome pra isso: evitação de conflito. Parece inteligente, né? Afinal, quem quer se meter em confusão? Mas o lance é que esse comportamento tem raízes mais profundas do que a gente imagina.
Rapaz do céu, olha isso... Segundo a psicologia, existem vários motivos pelos quais a gente escolhe ficar quieto quando o bicho tá pegando:
- Medo da rejeição (Tô ligadaço nisso, sempre achei que ia perder as pessoas se discordasse delas)
- Ansiedade social (Aquele frio na barriga só de pensar em confrontar alguém)
- Traumas passados (Se já levou um tapa na cara uma vez, fica difícil se expor de novo)
- Baixa autoestima (Quando a gente não valoriza a própria opinião)
- Perfeccionismo (Se não posso resolver perfeitamente, melhor nem tentar)
Confesso que até gostei de descobrir que não era o único com essa mania. Segundo estudos na área da psicologia, muita gente adota o silêncio como estratégia principal pra lidar com situações tensas.
Tava sozinho eu com as barbas de molho e aconteceu isso...
Denilson, meu amigo de infância, me ligou num domingo à tarde. A gente tinha combinado de assistir ao jogo, mas eu tava chateado com algo que ele tinha feito na semana anterior. Em vez de falar o que tava sentindo, mandei aquele famoso "tá tudo bem" e engoli o sapo.
O resultado? Passei o jogo inteiro emburrado, ele percebeu que tinha algo errado, o clima ficou um saco, e ninguém curtiu nada. No final, ele foi embora mais cedo e eu fiquei sozinho, frustrado, com aquele gosto amargo na boca.
Se eu te contar tu não acredita, mas essa cena se repetiu dezenas de vezes na minha vida. Diferentes pessoas, diferentes situações, mas sempre o mesmo final infeliz. E sabe o que é mais louco? Eu achava que tava evitando problemas!
O que rola no nosso corpo quando engolimos palavras
Mano, na moral... O corpo da gente é um detector de mentiras ambulante. Cada vez que eu fingia que tava tudo bem quando não tava, meu organismo pagava o pato:
- Tensão muscular que não acabava mais, principalmente nos ombros e mandíbula
- Dores de cabeça que pareciam não ter fim
- Um cansaço que nem 12 horas de sono resolviam
- Meu estômago virava uma panela de pressão prestes a explodir
Tava eu deitadinho em minha rede que comprei no nordeste quando percebi: esse papo de ficar calado não tava me trazendo paz coisa nenhuma. Na verdade, tava me adoecendo por dentro.
A ciência explica que, quando reprimimos emoções, nosso corpo libera hormônios do estresse, como o cortisol. É como se ficássemos em estado de alerta constante – um verdadeiro campo minado interno.
A diferença entre calar temporariamente e sumir no silêncio
Parei e pensei com meus miolos: existe uma diferença enorme entre dar um tempo pra respirar durante uma discussão calorosa e simplesmente se esconder atrás do silêncio.
Tirar um momento pra organizar os pensamentos? Maneiro demais! Desaparecer mentalmente da conversa e fingir que o problema não existe? Não sei não, mas... isso é receita pra desastre.
O silêncio estratégico e temporário pode até ser saudável. Já o silêncio crônico, aquele que vira padrão de comportamento, aí é roubada das grandes.
Eu tentei de tudo até que...
Não tem condição, sério mesmo? Eu já sabia que ia dar nisso, mas mesmo assim continuei me escondendo atrás do meu muro de silêncio. Até que um dia, tive que parar e respirar fundo.
Decidi encarar meu medo de frente e comecei a praticar pequenos atos de coragem:
- Primeiro, expressei uma discordância pequena numa situação de baixo risco
- Depois, passei a nomear meus sentimentos quando estava entre amigos
- Em seguida, me permiti dizer "não" sem me desculpar mil vezes
- Por fim, consegui ter uma conversa difícil com alguém importante pra mim
Que parada doida, vei, isso aí me pegou desprevenido. Aos poucos, fui percebendo que o mundo não acabava quando eu me posicionava. Pelo contrário, minhas relações começaram a ficar mais honestas.
O silêncio dos outros também fala muito
Fico até sem palavras quando percebo como essa questão tem dois lados. Assim como eu me escondia no silêncio, também sofria quando os outros faziam o mesmo comigo.
Já reparou como é angustiante quando alguém claramente tá incomodado com algo mas se recusa a falar? A gente fica naquela: "Será que fiz algo errado? O que será que tá acontecendo?"
O silêncio pode ser uma forma de manipulação também. Já ouviu falar do "tratamento do silêncio"? É quando alguém se cala propositalmente pra punir o outro. Isso ganha até um nome chique na psicologia: é um tipo de agressão passiva.
Tô rindo de nervoso, juro que me senti num filme
Numa tarde qualquer, tava eu sentadinho lá assistindo um filme onde o personagem principal passava a vida inteira calado, guardando mágoas e ressentimentos. Quando o filme acabou, eu tava de cara, de verdade. Era como se tivesse me visto na tela.
Foi aí que tudo fez sentido. O silêncio que eu achava que me protegia estava, na verdade, me isolando das pessoas que eu mais amava. Estava construindo paredes em vez de pontes.
Tem coisa que só acontece comigo, é uma bosta mesmo. Mas pelo menos agora eu sei que posso mudar.
O que a psicologia diz sobre quebrar esse ciclo
Não sei se rio ou se choro com isso cara, mas a psicologia tem algumas sugestões bem úteis pra quem quer abandonar o hábito de se esconder no silêncio:
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Comece pequeno: Não precisa virar o mestre dos debates de uma hora pra outra. Dê opiniões em assuntos menos carregados emocionalmente.
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Use a técnica do sanduíche: Coloque sua crítica ou discordância entre dois comentários positivos. Facilita muito!
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Pratique na frente do espelho: Pode parecer loucura, mas... falar sozinho ajuda a ganhar confiança.
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Busque terapia: Um profissional pode te ajudar a desvendar por que você adotou esse comportamento e como superá-lo.
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Cultive sua autoestima: Quanto mais você valorizar suas próprias opiniões, mais natural será expressá-las.
O universo me mandou esse sinal
Do nada me veio isso na cabeça: se eu continuar calado diante dos conflitos, vou passar a vida inteira sendo um personagem secundário na minha própria história.
Isso tem nome: destino. E eu decidi mudar o meu.
Maluquice demais pra ser coincidência, mas desde que comecei a me expressar mais, as pessoas ao meu redor também começaram a se abrir comigo. É como se minha honestidade desse permissão pra elas serem honestas também.
Não sei explicar, só sentir, mas hoje minhas relações são mais profundas, mais verdadeiras. Ainda sinto aquele frio na barriga quando preciso abordar um assunto difícil, mas agora sei que esse desconforto temporário vale a pena.
O silêncio como estratégia pra evitar conflitos
Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos, não acreditaria na transformação. Quando uma pessoa sempre fica quieta pra evitar conflitos, segundo a psicologia, ela está apenas adiando algo inevitável – e, muitas vezes, tornando a situação ainda pior.
O silêncio que parece uma solução mágica no momento acaba virando uma prisão com o tempo. A gente acha que tá protegendo a relação, mas na verdade tá colocando um prazo de validade nela.
Cada vez que engolimos palavras não ditas, uma pequena rachadura se forma. E uma hora, meu amigo, a barragem estoura.
Posso tá falando besteira, mas... acho que o verdadeiro equilíbrio está em saber quando falar e quando calar. Nem tudo precisa virar uma grande discussão, mas também não podemos transformar nossa vida numa grande série de pontos de interrogação não resolvidos.
E você, também usa o silêncio como sua principal estratégia pra lidar com conflitos? Já parou pra pensar no que isso pode estar te custando? O primeiro passo pra mudar é reconhecer o padrão – eu só consegui porque me permiti olhar pra dentro com honestidade.
E se você tentasse, só por hoje, dizer em voz alta algo que vem guardando há tempos? Talvez o resultado te surpreenda mais do que imagina.
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