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Aprendi mais sobre engagement design com meu filho de 5 anos do que em 10 anos de consultoria
Tava eu sentadinho lá na sala, afundado naquele sofá velho que comprei na liquidação (e que a Laura já implorou mil vezes pra trocar), quando o Flávio entrou feito um furacãozinho de 5 anos. Sério! Fiquei tipo: Como assim? O moleque tava me explicando as regras de um jogo que ele inventou na hora, com uma empolgação que eu não via em mim mesmo desde... bem, desde que comecei a trabalhar com consultoria.
Rapaz do céu, aquilo bateu em mim como um tapa na cara.
Ali, naquele momento tão simples, meu filho de 5 anos tava me dando uma aula magistral sobre engagement design sem nem saber o que isso significa.
A lição inesperada que mudou minha abordagem profissional
"Pai, cê tem que prestar atenção! Se não prestar, não vai dar certo!", o Flávio me sacudiu pelo braço enquanto eu tentava dividir minha atenção entre ele e aquele relatório que precisava entregar na segunda.
Menino do céu, ele nem imaginava que tinha acabado de resumir a essência de todo o meu trabalho em consultoria: engagement design é, no seu âmago, conquistar e manter a atenção genuína das pessoas.
E eu, ali, falhando miseravelmente em aplicar no meu filho o que eu cobrava dos meus clientes todos os dias.
O que um garoto de 5 anos sabe sobre engagement que muito consultor ainda não sacou
Doideira pra caramba, mas vamo lá, deixa eu contar o que aconteceu depois.
O Flávio não simplesmente queria minha atenção. Ele tinha todo um sistema:
- Surpresa constante: A cada 2 minutos, ele mudava alguma regra do jogo pra manter o interesse. ("Agora essa carta vale 100 pontos, tá?")
- Feedback imediato: Cada movimento meu recebia uma reação instantânea dele. ("AAAAH, PAI! Assim você ganha muito fácil!")
- Participação ativa: Ele me perguntava o que eu achava que devia acontecer em seguida.
- Recompensas emocionais: A alegria dele quando eu acertava algo era tão genuína que me motivava a continuar jogando.
Putz grilo, isso é exatamente o que tento implementar com clientes corporativos há anos, mas nunca tinha visto de forma tão pura e natural.
Da sala de casa pra sala de reuniões: transformando interações profissionais
No dia seguinte, tava eu paradinho numa reunião com a equipe da TecnoMais, aquele cliente complicado que já tava quase desistindo da gente. E do nada me veio isso na cabeça: "E se eu aplicar o que aprendi com o Flávio?"
Então, em vez de fazer a apresentação tradicional que tinha preparado, resolvi:
- Começar com uma pergunta que ninguém esperava: "Qual foi a última vez que vocês se sentiram genuinamente empolgados com um projeto interno?"
- Criar momentos de "virada de jogo" a cada 10 minutos, trazendo um dado surpreendente ou mudando completamente a direção da conversa
- Pedir contribuições específicas: "Ricardo, com sua experiência em marketing, o que acha dessa abordagem?"
- Celebrar abertamente cada ideia válida: "Caramba, isso muda tudo! Vamos explorar mais essa linha."
Sabe aquele momento que todo mundo na sala começa a se inclinar pra frente nas cadeiras em vez de ficar disperso? Foi exatamente isso que aconteceu.
Mão na massa: técnicas de engagement design que tu consegue aplicar hoje mesmo
Confesso que até gostei de ver como aquela reunião fluiu diferente. E tudo por causa de algumas técnicas bem moleques que o Flávio me ensinou sem querer:
➊ A técnica do "surpresa a cada esquina" Não acredito que isso seja verdade, mas meu filho nunca segue um roteiro previsível. E nos negócios? A gente mata reuniões com previsibilidade. Tente inserir um elemento surpresa a cada 10 minutos nas suas interações.
➋ O método "e aí, o que cê acha?" O Flávio me pergunta isso a cada 30 segundos. Na consultoria, testei aumentar em 3x o número de perguntas que faço aos clientes... o resultado? Pessoas que antes ficavam no celular começaram a participar ativamente.
➌ A abordagem "olha só o que eu trouxe" Meu filho sempre tem um "tesouro" novo pra mostrar. Nas reuniões, passei a trazer sempre um dado, uma história ou um objeto físico inesperado que ilustre meu ponto.
➍ A tática do "vamo mudar isso aqui!" Não sei se rio ou se choro com isso cara, mas o Flávio muda as regras no meio do jogo não por sacanagem, mas pra manter o jogo divertido. Na consultoria, isso significa estar pronto pra abandonar sua agenda quando sentir que a energia da sala pede algo diferente.
Quando tudo dá errado (porque às vezes dá mesmo)
Eu juro que tentei aplicar essas técnicas numa reunião com o Josué, aquele cliente ultra-tradicional que tenho há anos. Cara, foi um fiasco total. Ele me olhou com uma cara de "tá tudo bem contigo?" quando comecei com uma dinâmica mais interativa.
Isso tem nome: cada público tem seu próprio estilo de engagement. E tá tudo bem! O Flávio também sabe que com a professora Zenaide na escola ele precisa ser mais contido que em casa.
A sacada tá em entender quem tá na sua frente e calibrar.
Um convite pra repensar seu engagement design
Se você tá lendo isso até aqui (o que já é um baita sinal que consegui aplicar pelo menos um pouco do que aprendi com meu filho sobre engagement), me conta: qual foi a última vez que você se pegou completamente absorto numa interação profissional?
Pensa numa coisa sem noção: às vezes a gente busca em livros, cursos e consultorias caras o que nossos filhos, sobrinhos ou qualquer criança de 5 anos poderia nos ensinar de graça.
Tô tentando entender até agora como demorei tanto pra perceber que o engagement design mais eficaz tava acontecendo todo dia na minha sala, entre almofadas do sofá e brinquedos espalhados.
E você? O que as crianças ao seu redor têm te ensinado sobre manter as pessoas genuinamente interessadas?
Deixa aqui nos comentários - tô doido pra saber se sou o único consultor aprendendo mais em casa do que nos MBA da vida!
FAQ: Engagement Design na Consultoria
O que exatamente é "engagement design" no contexto de consultoria? Engagement design é a arte de criar interações que mantêm as pessoas genuinamente interessadas e participativas durante todo o processo de consultoria, desde as reuniões iniciais até a implementação das soluções.
Dá mesmo pra usar técnicas de engagement com clientes mais sérios e tradicionais? Sim, mas com adaptações. O segredo não tá nas técnicas específicas, mas nos princípios por trás delas: surpresa, feedback, participação e recompensa emocional.
Quanto tempo leva pra ver resultados com essa abordagem mais engajadora? Na minha experiência, os primeiros sinais de maior engajamento aparecem já na primeira interação. Mas a transformação completa na relação com o cliente pode levar de 3 a 5 encontros, conforme a confiança vai sendo construída.
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