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Fatos Bizarros Sobre Surf Que Mudaram Minha Vida Após Quase Morrer Afogado.
Tave eu sentadinho lá na areia, observando as ondas quebrarem na praia de Maresias quando senti aquele arrepio subindo pela espinha. Mano, na moral... fazia seis meses desde meu acidente nas ondas gigantes de Nazaré, e só de olhar pro mar meu coração disparava. Rapaz do céu, olha isso... tive que encarar o maior medo da minha vida pra voltar a surfar.
Sabe aquele momento que você tá embaixo d'água, sem conseguir respirar, e sua vida passa como um filme? Então, isso aconteceu comigo quando uma onda de quase 20 metros passou por cima da minha cabeça e me puxou pro fundo. Fiquei tipo: Como assim? Eu, que surfava desde os 12 anos, estava prestes a virar estatística.
Não sei nem por onde começar, mas depois desse perrengue, mergulhei fundo em pesquisas sobre surf e descobri fatos curiosos que não só mudaram minha relação com o esporte, mas me ajudaram a superar o trauma. Senta que lá vem história!
1. As Ondas Têm Memória (E Eu Também)
Ce tá brincando comigo, né? Descobri que as ondas têm padrões que a ciência consegue mapear! Existe uma coisa chamada "memória de onda" - onde ondas que passam por determinados obstáculos submarinos criam padrões que se repetem com precisão matemática.
Josué, meu amigo oceanógrafo, me explicou isso enquanto tomávamos uma cerveja no quiosque:
"Cara, as ondas são tipo a nossa memória traumática. Elas guardam a informação do que encontraram pelo caminho e isso determina como vão quebrar na praia."
Putz grilo, isso mexeu comigo de um jeito... Percebi que eu também guardava memórias do meu trauma no corpo. Cada vez que via uma onda, meu corpo "lembrava" do sufoco. Precisei aprender a reprogramar essas memórias.
2. Tubarões Têm Medo de Golfinhos (Sério Mesmo!)
Tô rindo de nervoso, mas isso mudou completamente minha paranoia com tubarões! Sabia que esses predadores gigantes fogem de golfinhos? Caracas! que bagunça cara.
Parte disso me faz lembrar de quando voltei a surfar após o acidente. Meu cachorro Zeno, um labrador marrom chocolate, ficava latindo na beira da praia como se quisesse me proteger. Aquilo me deu uma confiança danada.
Descobri que os golfinhos atacam tubarões em grupo, mirando nas guelras - o ponto fraco deles. Por isso, onde tem golfinho, raramente tem tubarão. Comecei a observar o mar com outros olhos depois disso. Se o bicho mais temido do mar tem algo que o assusta, eu também podia encontrar coragem pra enfrentar meu medo das ondas grandes.
3. A Tábua de Surf Mais Antiga Tem Mais de 200 Anos!
Não acredito que só descobri isso agora! A prancha mais antiga preservada fica no Bishop Museum do Havaí e pertenceu a um chefe polinésio do século 18.
Zenaide Torres, minha amiga historiadora, me contou que essas pranchas antigas eram feitas de madeira sólida e pesavam mais de 70 kg! Imagina carregar isso até a praia, vei do céu, nem te conto.
Eu juro que tentei evitar comparações, mas não deu. Se aqueles caras surfavam com equipamentos tão primitivos e pesados, o que eu tava reclamando com minha prancha de fibra de carbono ultra-leve? Foi aí que tudo fez sentido - não era o equipamento que me faria superar o medo, mas sim honrar essa ancestralidade de surfistas que venceram desafios muito maiores que os meus.
4. Ondas Têm Som Próprio (E Revelam Segredos)
Maluquice demais pra ser coincidência. Cada onda emite uma frequência sonora única que surfistas experientes conseguem "ler". Isso tem nome: destino.
Durante minha recuperação, o treinador de surf Mario Novais me ensinou a fechar os olhos na beira da praia e apenas ouvir o som das ondas. "O barulho muda segundos antes da onda perfeita", ele dizia.
Comecei a praticar isso todo dia ao amanhecer. Fiquei de cara, de verdade, quando percebi que podia identificar as melhores ondas só pelo som! Era como se o oceano estivesse me chamando de volta, me dando uma segunda chance.
Esse treino auditivo não só melhorou meu surf, mas me reconectou com o mar de um jeito que nunca tinha sentido antes. O medo foi sumindo conforme eu aprendia a linguagem secreta das ondas.
5. Existem Micro-Organismos Bioluminescentes que Fazem o Surf Noturno Parecer Mágico
Se eu não tivesse visto, não acreditaria. Numa noite de lua nova, Sheila da faculdade me chamou pra uma sessão de surf noturno em Ubatuba. Pensei demais sobre isso, então recusei no início - surfar de dia já me dava calafrios, imagina à noite?
Mas ela insistiu: "Tem uma florescência marinha acontecendo que só ocorre uma vez por ano!"
Quando entrei na água escura, cada movimento deixava um rastro azul brilhante ao meu redor. A prancha cortando a água criava um halo luminoso que parecia coisa de outro mundo! Eram dinoflagelados - microalgas que emitem luz quando agitadas.
Sabe aquele momento de transcendência? Foi isso. Surfar entre luzes azuis, como se estivesse deslizando sobre estrelas, me fez esquecer completamente do trauma. Aquela noite, com o mar brilhando sob meus pés, marcou minha verdadeira volta ao surf.
6. A Ciência Comprova: Surfistas São Neurologicamente Diferentes
Doideira pra caramba, mas estudos científicos mostram que surfistas regulares desenvolvem conexões neurais únicas! É sério! Pesquisadores descobriram que o cérebro de surfistas experientes processa informações sobre equilíbrio e percepção espacial de maneira diferente dos não-surfistas.
Como eu sou um cara paciente, comecei a usar isso como motivação na terapia. Meu psicólogo explicou que ao voltar gradualmente para as ondas, eu estava recriando essas conexões neurais que foram interrompidas pelo trauma.
Melhor que isso não dá mesmo - descobrir que cada pequena onda que eu pegava estava literalmente reconstruindo meu cérebro! Essa transformação neurológica explica porque surfistas ficam tão viciados nas ondas. Não é só o estilo de vida - é uma alteração cerebral real.
7. A "Teoria das 10.000 Horas" Não Se Aplica ao Surf
O universo me mandou esse sinal quando mais precisava. Diferente de outros esportes onde a prática constante leva à perfeição, no surf cada onda é única e irrepetível.
Loucão demais, mas é por isso que surfistas com décadas de experiência ainda podem ser surpreendidos. Foi quando vi Erimar, dono do mercadinho Linhares perto do metrô, um senhor de 67 anos, pegando ondas perfeitas mesmo depois de uma pausa de 15 anos, que percebi: não existe "esquecer" como se surfa.
"O corpo lembra," ele me disse enquanto encerávamos nossas pranchas. "A gente pode ficar anos fora da água, mas quando volta, o oceano reconhece quem respeita ele."
Isso transformou minha recuperação. Parei de me pressionar tanto e aceitei que cada volta ao mar seria uma nova experiência - nem melhor nem pior que antes do acidente, apenas diferente.
O Surf Me Ensinou a Respirar Novamente
Não sei explicar, só sentir. Quando aquela onda gigante me puxou para o fundo em Nazaré, perdi a capacidade de confiar na minha respiração. Por meses, acordava sufocado no meio da noite.
Foi nas ondas pequenas de Maresias, seis meses depois, que encontrei meu ritmo novamente. O surf tem tudo a ver com respiração - segurar o fôlego nos mergulhos, respirar profundamente entre as remadas, expirar ao levantar na prancha.
Sem sombra de dúvida, o maior desafio que enfrentei não foi a onda monstruosa, mas sim reconstruir minha relação com algo tão básico quanto respirar. Cada pequena onda que peguei depois do acidente foi uma afirmação: "Eu consigo respirar. Eu estou vivo."
Se você também está enfrentando algum medo paralisante - seja no surf ou na vida - saiba que nosso corpo guarda a memória do trauma, mas também a memória da superação. Eu pensei demais sobre isso, e hoje vejo que precisamos respeitar o tempo de cura, mas nunca desistir de voltar para o que amamos.
E você, já enfrentou algum medo que parecia impossível de superar? Já sentiu a sensação de renascer depois de um grande susto? Me conta nos comentários - tô morrendo de curiosidade pra saber como vocês lidam com os medos no surf e na vida!
Ah, e se quiser conhecer as praias com microalgas bioluminescentes que mencionei, é só me avisar que faço um post especial sobre isso. Tem coisa mais linda que surfar em um mar que brilha no escuro? Acho que não, né possível meu...
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