Malho em Casa e Economizo em Academia e o Resultado é o Mesmo.

Tava eu deitadinho na minha rede que comprei no nordeste, rolando aquele feed infinito no celular quando bateu um estalo. Putz grilo, mais um anúncio de academia com mensalidade de preço absurdo! Sabe aquele momento que você sente o bolso doer só de olhar? Foi aí que tudo fez sentido. Eu ficava adiando cuidar de mim porque achava que precisava de muito dinheiro, mas a real é que eu tava só me enganando.

Rapaz do céu, olha isso... Quanto tempo a gente passa acreditando que precisa gastar horrores pra ter saúde e se sentir bem? Eu me pegava pensando: "um dia, quando eu tiver uma grana, vou cuidar do meu corpo direito". Mano, na moral... que besteira! Foi numa terça-feira chuvosa que eu decidi parar com essa conversa fiada comigo mesmo.

O dia que tropecei na minha própria desculpa

Meu amigo Josué passou lá em casa pra devolver um livro. Magro, disposto, felizão da vida. Eu, largadão no sofá, perguntei qual academia caríssima ele tava frequentando. A risada que ele deu... caracas! "Academia nenhuma, tô malhando em casa há oito meses!"

Não acreditei, achei que era papo furado. Mas aí ele me mostrou uns vídeos no celular dele. O cara transformou um cantinho da sala em uma mini-academia usando praticamente nada! Fiquei tipo: Como assim? Todo esse tempo eu pensando que precisava de equipamentos caros, e o Josué ali, provando o contrário.

Confesso que até gostei da ideia, mas ainda tinha um pé atrás. Será mesmo que dá resultado? Foi então que ele me contou que a Sheila da faculdade também tinha entrado nessa. Lembrei dela na última confraternização, radiante, falando que nunca tinha se sentido tão bem. E eu lá, achando que ela tinha assinado algum plano caro.

Meu primeiro round com o autoamor baratinho

Se eu te contar tu não acredita no que fiz no dia seguinte! Acordei decidido. Afastei a mesinha de centro da sala e botei uma toalha no chão. YouTube aberto, busquei "treino iniciante em casa sem equipamento" e mandei ver.

Tô rindo de nervoso só de lembrar! Cinco minutos de exercício e eu já tava suando que nem porco no rolete, vermelho feito um pimentão e ofegante igual cachorro em dia de calor! O Zeno, meu cachorro, me olhava torto, provavelmente pensando "que papelão o dono tá fazendo".

Mas sabe aquela sensação boa depois? Aquele cansaço gostoso? Parece piada, mas é verdade - me deu uma alegria diferente. Foi a primeira vez em anos que eu senti que tava fazendo algo por mim, sem precisar gastar um tostão.

Os melhores amigos do fitness baratinho

Tive que parar e respirar fundo quando percebi quanta coisa dava pra fazer sem gastar quase nada. E quero dividir contigo alguns parceiros que viraram meus melhores amigos nessa jornada:

1. Garrafas pet com água - Meus primeiros "halteres". Enchi duas garrafas de 2 litros e já tinha peso pra fazer vários exercícios. Quando ficou fácil, aumentei pra 3 litros!

2. Toalha velha - Aquela toalha que tava encostada no armário virou meu tapete de exercícios. Também uso pra alguns exercícios de resistência.

3. Cadeira firme - Flexões adaptadas, tríceps, step... uma cadeira simples que revolucionou meus treinos!

4. Parede - Sim, a parede do meu quarto! Ótima pra prancha vertical e outros exercícios de resistência.

5. Mochila com livros - Quando precisei de mais peso, enchi uma mochila velha com livros. O treinador Mario Novais (do canal que comecei a seguir) diz que é perfeito pra agachamentos.

Doideira pra caramba pensar que essas coisas tavam na minha casa esse tempo todo, né?

Quando meu corpo começou a agradecer (e minha carteira também)

Foi num sábado de manhã, após umas três semanas nessa rotina caseira, que notei a primeira diferença. Tava ajudando o Erimar do mercadinho Linhares a carregar umas caixas, e não senti aquela lombalgia chata que sempre me perseguia. Ele até comentou: "Tá mais forte, hein?"

Não sei explicar, só sentir. Além da mudança física, comecei a dormir melhor, acordar mais disposto. E o melhor? Sem gastar aquela fortuna que eu achava necessária. A economia no fim do mês foi tão real que consegui comprar um par de tênis novos - esses sim, um investimento que valeu cada centavo.

A Bernadete, vendedora de flores da pracinha, notou a diferença também. "Tá andando mais aprumado", ela disse quando passei por lá. Senti um quentinho no peito. Às vezes são esses pequenos comentários que confirmam que estamos no caminho certo.

Amando meu corpo sem declarar falência

O universo me mandou esse sinal quando mais precisava. Eu sempre associava autocuidado com gastos exorbitantes. Achava que precisava de personal trainer, suplementos caríssimos e roupas de marca pra ter sucesso.

Me deu um branco total quando percebi o tempo perdido nessa mentalidade. O autoamor não tem nada a ver com o quanto você gasta, mas com o quanto você se compromete consigo mesmo. Essa é uma lição que carrego no peito agora.

Minha vizinha Zenaide Torres viu minha transformação e começou a própria jornada. Ela montou um cantinho fitness no quintal dela usando apenas o que tinha em casa. No outro dia me mandou mensagem toda animada porque conseguiu fazer 10 minutos de exercício sem parar!

Meu cantinho fitness que cabe no bolso

Se fosse contado, ninguém acreditava, mas montei meu espaço fitness com menos de 100 reais. Sério mesmo! Olha só:

• Cordas velhas amarradas formando elásticos de resistência
• Dois pacotes de arroz de 5kg selados com fita (viram ótimos pesos)
• Um banco de madeira que o Luiz da Silva, vizinho da rua de trás, ia jogar fora
• Uma caixa de sapato cheia de areia (peso adaptável, é só adicionar ou remover areia)
• Um timer de cozinha baratinho que comprei na lojinha de 1,99

E o resultado? Melhor que muita academia que já frequentei. Porque ali não tem ninguém pra me julgar, posso fazer no meu ritmo e experimentar sem medo de parecer um pateta.

Quando a ficha caiu de vez

Tava eu sozinho eu com as barbas de molho, sentado no chão após uma sessão de exercícios, quando meu filho Flávio de 5 anos entrou no quarto. Ele olhou curioso e perguntou: "Papai, por que você tá sorrindo sozinho?"

Não tinha nem percebido que estava com um sorrisão no rosto. Foi aí que caiu a ficha: eu finalmente tinha encontrado um jeito de me cuidar que me fazia feliz e cabia no meu orçamento. E mais importante - estava dando exemplo pro meu filho de que cuidar da saúde não precisa ser complicado nem caro.

No dia seguinte, o Flávio afastou os brinquedos e quis fazer "ginástica" comigo. Rapaz... não tem dinheiro no mundo que pague por momentos assim.

Economia que vira investimento em você

Anota essa dica que vale ouro: fazer lista de exercícios semanais e colar na parede foi um divisor de águas pra mim. Parece bobagem, mas aquele papel ali, me encarando todos os dias, virou meu compromisso comigo mesmo.

A Laura, minha esposa, começou a participar também. No começo, só assistia. Depois, tentava alguns exercícios mais leves. Hoje, ela tem a própria rotina e até criou alguns exercícios adaptados que funcionam super bem pra ela.

E o Leonardo, meu filho de 17 anos? Aquele que vivia no celular? Não é que agora ele faz questão de me chamar pra treinar juntos nos fins de semana? Isso mexeu comigo de um jeito... ver a família toda embarcando nessa jornada de autocuidado sem gastar fortunas.

Pra além do corpo: a cabeça também agradece

Parei e pensei com meus miolos depois de um tempo nessa rotina: não era só meu corpo que estava mudando. Minha mente também. Aquela ansiedade que me fazia atacar a geladeira de madrugada? Diminuiu muito. O sono inquieto? Melhorou pacas.

A Euclidiana, filha da falecida Zezinha do queijo, é psicóloga e me explicou que atividade física libera uns hormônios do bem-estar. Faz todo sentido! Cada dia que me exercito, mesmo que seja só por 15 minutinhos, sinto como se estivesse limpando a mente.

E tem mais: aprendi a respeitar meus limites, a celebrar pequenas vitórias, a não me comparar com os bombados da internet. Isso é autoamor na veia! Entender que cada corpo é único e merece ser cuidado no seu próprio tempo e jeito.

E agora? O que vem por aí?

Olha, não vou mentir não. Tem dias que a preguiça bate forte. Tem manhãs que acordo e penso "hoje não vou fazer nada". E tá tudo bem! Aprendi que autoamor também é saber quando dar uma pausa.

Mas a verdade é que virou um vício bom. Meu corpo pede movimento. E sabe o que é mais legal? Já estou pensando em evoluir meu cantinho fitness de forma econômica. O Moras, ex-jogador de futebol que mora no bairro, me deu a ideia de usar canos de PVC pra montar uma estação de exercícios. Projeto pro próximo mês!

O bicho, isso aí é outra história que vou precisar contar depois. Por enquanto, quero deixar uma certeza: cuidar de si mesmo não tem preço, mas também não precisa custar os olhos da cara.

E você? Já descobriu que o autocuidado e o fitness podem caber no seu orçamento? Que truques econômicos você usa pra se exercitar em casa? Me conta aqui embaixo - quem sabe a gente não troca umas ideias maneiras e aprende juntos nessa jornada de amar o corpo sem falir?