Desconto na Aposentadoria que Apareceu no Meu Benefício do INSS e Como Dei a Volta Por Cima.

Sabe aquele frio na barriga que a gente sente quando percebe que tem algo errado com o nosso dinheiro? Pois é. Foi assim que começou o meu dia.

Acordei cedo, tomei meu café, como sempre faço, e fui dar uma olhadinha no aplicativo Meu INSS só pra garantir que estava tudo certo com o pagamento do meu benefício. E aí, pimba! Lá estava: um desconto de R$ 69,90 que eu nunca autorizei. Uma tal de "Associação Nacional não-sei-das-quantas".

Na hora eu gelei. Pensei: “Será que fui hackeado? Será que fiz algum cadastro sem querer?” Mas não. Era coisa velha, e eu só não tinha percebido antes. Cara, que sensação horrível de impotência.

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A verdade é dura: isso tá acontecendo com MUITA gente

Depois de fuçar um pouco, descobri que não estou sozinho nessa. Segundo a própria Advocacia-Geral da União (AGU), cerca de R$ 6,3 bilhões já foram descontados de aposentados e pensionistas de forma fraudulenta, por associações e entidades que simplesmente incluem o nome da pessoa sem autorização. Isso mesmo. Eles colocam a gente como “associado” do nada, e o INSS começa a descontar automaticamente.

E tem mais: a AGU criou um grupo especial só pra correr atrás desse prejuízo. O número de vítimas é absurdo.

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Como eu descobri o desconto indevido e como você pode fazer também

O primeiro passo foi acessar o Meu INSS (dá pra entrar pelo app ou pelo site).

1. Cliquei em “Extrato de Pagamento de Benefício”.

2. Desci a tela até a parte de "Descontos".

3. Vi lá um nome estranho, de uma associação que eu nunca nem ouvi falar. Quase caí da cadeira.

Se você nunca olhou isso, recomendo fazer ainda hoje. Sério.

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O que fiz pra resolver e deu certo!

Não fiquei parado. Tomei as rédeas da situação, mesmo sentindo raiva, frustração e até vergonha no começo. E vou te contar aqui o passo a passo:

1. Pedi a exclusão da cobrança no Meu INSS

• Entrei no site/aplicativo.

• Fui em "Novo Pedido".

• Digitei “excluir mensalidade associativa” e segui as instruções.

2. Registrei uma reclamação no Consumidor.gov.br

• Relatei tudo direitinho, com nome da entidade, valor do desconto, datas e anexei o extrato.

3. Liguei para o 135

• Expliquei a situação e anotei o protocolo.

• O atendente me orientou a guardar tudo como prova.

4. Fiz um boletim de ocorrência

• Fui na delegacia da minha cidade.

• Disse que houve uso indevido dos meus dados pessoais para me vincular a uma associação sem minha autorização.

5. Procurei o Juizado Especial Federal

• Entrei com uma ação pedindo a devolução dos valores e uma indenização por danos morais.

• Resultado: ganhei! Consegui recuperar meu dinheiro e ainda recebi um valor simbólico como compensação.

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Coisas que aprendi e que ninguém me ensinou

• Nunca confie cegamente. Mesmo que o INSS seja um órgão sério, erros e fraudes acontecem.

• Verifique seu extrato todos os meses. E se algo parecer estranho, corra atrás.

• Você tem direitos. Pode parecer que estamos sozinhos, mas não estamos. Existe lei pra nos proteger.

• Fale com outras pessoas. Muita gente sofre calada por vergonha ou medo. Mas compartilhar ajuda. Alerta. Fortalece.

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Finalizando com um alerta e um conselho de coração

Se eu te contar, tu não acredita: recebi uma ligação dias depois da audiência de uma senhora lá do bairro, a Dona Tereza. Ela me agradeceu porque, depois que contei minha história no grupo da igreja, ela foi ver o extrato dela e — adivinha — estava na mesma situação.

E aí, me diz: quando foi a última vez que você conferiu o extrato do seu benefício? Pode parecer exagero, mas não é. O golpe é silencioso. E cruel.

Fica aqui meu relato, como um desabafo, mas também como um alerta. Se ajudou você de alguma forma, compartilha com alguém que possa estar sendo enganado e ainda nem sabe. Isso pode salvar o dinheiro (e a paz) de muita gente.

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